Obra de Monica Berger e Sérgio Viralobos, que mistura a força da poesia ao fascínio do Tarô, foi adaptada para o audiovisual
No dia 28 de maio (sexta-feira), às 9h00, estreia no IGTV a série “A Caverna dos Destinos Cruzados”, que apresenta 22 poemas declamados pela atriz Nena Inoue, ganhadora dos Prêmios Shell e Troféu Gralha Azul, e pelo artista Ricardo Nolasco, diretor, performer e colaborador dos coletivos Selvática e O Estábulo de Luxo.
Adaptação inédita para série
A série é uma adaptação audiovisual do livro de Monica Berger e Sergio Viralobos com a iconografia “apocalíptica” composta pelo escritor e tarólogo Leonardo Chioda. Publicado em 2019, pela editora paulista Demônio Negro, a “Caverna dos Destinos Cruzados” constrói, a partir das cartas do Tarô, narrativas poéticas sobre a jornada humana, sobre o fluxo da vida e as aflições que fazem parte de nossa trajetória.
“A Caverna” explora as possibilidades imaginativas do texto poético em diálogos e monólogos, ora bem-humorados, ora dramáticos, com os 22 arcanos maiores do Tarô como O Louco, A Imperatriz, O Mago, O Diabo e outros. O texto é mesclado às belíssimas ilustrações de Chioda, também artista gráfico e poeta, que compõem um universo multidimensional e pop das cartas do Tarô. A autora Monica Berger, especialista em Letras e no estudo do Tarô como linguagem visual interdisciplinar e artística, explicou de onde surgiu a ideia do livro.
“Esse livro é fruto de uma ideia, que vinha sendo conversada lá por 2003. Eu estava com João Acuio, o astrólogo, em meio a uma entre muitas cervejas, quando essa ideia estalou no ar. Começamos a traçar relações das imagens arquetípicas dos arcanos maiores com personagens do nosso último século, representantes do império da decadência e da desilusão, retratos da degradação de modelos universais. Alguns anos depois, usei como tema para oficinas literárias o livro de Ítalo Calvino, O castelo dos destinos cruzados. Nele, o tarot ocupa o papel principal. Aí, pouco depois, surgiu o encontro com o poeta e amigo Sergio Viralobos para criarmos “A Caverna dos Destinos Cruzados”, junto com um bricoleur incrível, o Leonardo Chioda, que é fera do baralho filosófico e aventado antes de todos para entrar na Caverna. Deu tudo muito certo, era pra ser.”
A produção audiovisual dessa obra ficou por conta da Trópico.TV e foi dirigida por Di Florentino. O trabalho criativo foi uma articulação de Di com Sergio Viralobos, produtor e um dos autores do livro. Dentre alguns desafios para essa construção estava a necessidade de recriar a atmosfera lúdica e a beleza que está presente no livro. Sobre isso, Sergio e Di comentam quais foram as escolhas que fizeram para que a visão criativa se somasse à visão da produção.
“Cientes de que o livro tinha uma grande carga imagética, eu e Monica achamos que seria possível produzir 22 pequenos filmes com a leitura dos poemas referentes a cada carta do Tarô do Fim do Mundo. Contatamos a grande dupla de atores Nena Inoue e Ricardo Nolasco, que toparam na hora o desafio. Nena indicou-nos a Trópico para dirigir a filmagem e estava armada a produção dessa nova visão da Caverna dos Destinos Cruzados.”
“Gostamos muito de criar formatos para redes sociais e pensamos que poderia ser uma boa realizar essa série para IGTV. O universo imagético do Tarô e a força dos poemas de “A Caverna dos Destinos Cruzados” nos possibilitaram trazer cenas bem interpretadas com o trabalho de uma fotografia toda pensada para o canal, por exemplo, captando em janela 9×16. Eu queria uma locação que pudesse ter texturas e espaço para criação de atmosferas de luz, o resultado são vídeos de Nena Inoue e Ricardo Nolasco declamando poemas como se estivéssemos junto com eles. É uma experiência “virtual” que dialoga com os sentidos de estar frente a frente com os atores.”
Os figurinos e adereços foram produzidos e caracterizados por Áldice Lopes a partir do acervo de Ronaldo Silvestre. Os vídeos que compõem a série “A Caverna dos Destinos Cruzados” dão vida e força às histórias dos personagens do livro homônimo. Essa série, inédita no IGTV, explora as possibilidades inventivas das linguagens como o Tarô, a poesia, o audiovisual e o teatro, em uma celebração da arte e da vida em todas as suas dimensões.
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